Saturday, January 06, 2007

O Discurso

Aqui está uma boa oportunidade de ler o discurso de posse do candidato à presidência em 2010, José Serra. É uma excelente fonte de informações sobre o jeito de administrar do novo governador paulista, riquíssimo em referências históricas brasileiras e bússola da direção em que fará oposição ao presidente que aí está.
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“Quiseram as circunstâncias da vida e da política que nos últimos cinco anos eu disputasse três eleições majoritárias de grande alcance: a Presidência, a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado de São Paulo.

Na eleição para governador, vencemos em todas as regiões do Estado e em todas as classes sociais, por maioria ampla, no primeiro turno. Quando isto aconteceu, lembrei-me do poeta Carlos Drummond de Andrade: “Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de esquecer o que se aprendeu.” Uma reflexão que dispensa provas, mas também pode comportar exceções. Eu procurarei ser uma delas.

Em primeiro lugar, porque já experimentei bastantes subidas e descidas na vida, perfeitas curvas senoidais, para compreender o significado e o acerto da máxima de Kipling, quando nos assegurava que, na vida, ninguém tem o sucesso que acredita nem fracassa tanto quanto imagina. Além disso, porque sei muito bem que eleição confere legitimidade jurídica ao governante, mas a confiança do povo, a única capaz de conferir amplitude e qualidade a essa legitimidade, só se mantém se o eleito for capaz de corresponder às expectativas criadas. Este é um imenso desafio, que começa a ser enfrentado a partir de hoje.

A posse de um novo governante é um verdadeiro rito de passagem, solene. Espera-se, de quem vai, um balanço. Espera-se, de quem chega, uma projeção, uma sinalização para o futuro.

Para tratar do futuro, neste momento que o País e nosso Estado vivem, mais do que repetir os compromissos programáticos e o elenco de ações administrativas que vamos adotar nos próximos quatro anos, reiterados durante e após a campanha, vou falar dos valores e das crenças mais importantes que nos movem, a mim e à minha equipe. Dos compromissos permanentes com nosso Estado e com nosso País. Das grandes preocupações, até das angústias, e de minhas esperanças.

Mencionei a equipe de governo. Aprendi com o governador Franco Montoro a montar o melhor time possível, sem fazer loteamentos político-fisiológicos. Não por ser contra os políticos, pelo contrário, os secretários têm vocação política, mas têm aptidão técnica. E trabalharão voltados para o interesse público e não para as conveniências deste ou aquele partido, grupo ou indivíduo.

Outra coisa que aprendi: nunca concorrer com os subordinados, impedindo que se soltem e adquiram luz própria; nunca estimular ou admitir disputas entre eles, na linha do dividir para reinar. Pelo contrário, a boa vida pública é um jogo de soma positiva. Os que me conhecem sabem que sempre formei equipes boas e permiti, satisfeito, que cada integrante tivesse suas qualidades e méritos amplamente reconhecidos. Sabem, também, que, apesar da minha fama de centralizador, dou grande liberdade de ação aos que trabalham comigo, dentro de orientações estabelecidas, sempre procurando ampliar os limites conhecidos do possível. Sempre negando que dificuldades signifiquem impossibilidades. Onde talvez eu exagere, mas não estou ainda plenamente convencido de que seja um defeito, é no acompanhamento e na cobrança, notavelmente facilitados pelos e-mails da madrugada…

Aliás, sem ampliar os limites conhecidos do possível jamais teríamos conseguido recuperar a situação financeira da Prefeitura de São Paulo em apenas um ano, nem Fernando Henrique Cardoso teria vencido a inflação com o Plano Real. Não preciso me alongar aqui sobre como tem sido nociva, no Brasil, a crença no mote tradicional que assegura ser a política a arte do possível. Não, a política deve ser a arte de alargar os horizontes e limites do possível.

Outro mote fatalista e acomodador, até reacionário, é aquele que considera a desonestidade inerente à vida pública, ao garantir que o poder necessariamente corrompe os homens. Não é assim: são alguns homens que corrompem o poder; outros, pelo contrário, combatem a corrupção no poder. Estes são os que exercem o poder como servidores do povo, ao invés de se servirem do governo para seus fins pessoais ou partidários.

O que pretendo enfatizar aqui é a necessidade de uma prática transformadora na política brasileira, que vá além, muito além, de discursos. Não basta que se reconheça a necessidade do bem. É preciso praticá-lo. Não basta anunciar futuro glorioso para o povo brasileiro. É preciso construí-lo. Não basta que manifestemos reiteradamente nossos votos de uma vida melhor. É preciso mobilizar instrumentos e técnica para que ela seja realidade.

Em termos de poder público, aquela prática exige, antes de mais nada, que o Estado seja controlado por ele próprio, que o aparato governamental funcione como um todo coerente, do ponto de vista moral, da eficiência e dos objetivos perseguidos, que aja em função do interesse público.

Nada mais distante disso do que a banalização do mal na política brasileira, das vorazes tentativas neopatrimonialistas de privatização do Estado, que tanto têm prosperado em nosso País.

Em segundo lugar, é preciso que o Estado seja cada vez mais controlado pela sociedade, que esta possa se defender de seus abusos e nele possa influir alterando os rumos das ações públicas, na perspectiva da contínua democratização. Em segundo lugar, é preciso que o Estado seja cada vez mais controlado pela sociedade, que esta possa se defender de seus abusos e nele possa influir alterando os rumos das ações públicas, na perspectiva da contínua democratização. E os governos, eu penso, têm de estar empenhados em contar uma parte da história do futuro, antecipando-se ao erro, cercando suas possibilidades, agindo com planejamento, abrindo o caminho e sinalizando a direção a seguir.

Defendo o ativismo governamental. O poderoso Estado nacional-desenvolvimentista do passado - produtor, regulador de toda a atividade econômica, patrono de todos os benefícios sociais - não tem mais lugar no presente, mas isto não significa que deva ser substituído pelo Estado da pasmaceira, avesso à produção, estagnacionista. Até porque aquele Estado ficou no passado, mas a questão nacional e a questão do desenvolvimento continuam no presente.

Tenhamos claro que o livre mercado globalizado não oferece as respostas para todos os nossos problemas. Basta lembrar que o conceito de cidadania envolve três dimensões: a dos direitos civis - igualdade perante a lei, possibilidade de ir e vir, habeas corpus -, dos direitos políticos - votar e ser votado -, e dos direitos sociais. Mas o cidadão global inexiste: no mundo de hoje o direito de ir e vir entre países está cerceado - só podem ir e vir de um país a outro os capitais e em menor medida as mercadorias, mas, gente, de nenhum forma. O exercício dos direitos políticos está circunscrito às fronteiras nacionais. E se os direitos sociais mal permanecem de pé dentro dessas fronteiras, o que dizer da utopia de fazê-los valer em escala planetária? Ou seja, o objetivo de materializar as condições de uma plena cidadania em cada país exige políticas nacionais, exige ativismo governamental na procura do desenvolvimento e da maior igualdade social.

A política da pasmaceira em relação à nossa economia tem consagrado a mais perversa tendência depois de um século de prosperidade: a semiestagnação, que já se prolonga por 25 anos. Antes de ontem, ela poderia ser explicada pela superinflação devastadora; ontem, pela terapia antiinflacionária e conjunturas externas turbulentas; hoje, quando o Brasil é praticamente o último da América Latina e dos emergentes, e o céu da economia internacional é de brigadeiro de seis estrelas, os resultados ruins não são colhidos da árvore da vida, da fatalidade, mas da fragilidade da política macroeconômica, hostil à produção e aos investimentos. Não tenham dúvida: a fatalidade, no que diz respeito aos povos, quase sempre conta a história de um erro. Quando não de uma covardia.

A história dos povos na democracia mostra que o crescimento amplo e rápido da produção e do emprego não traz somente benefícios materiais. Fortalece, também, as instituições e os valores democráticos, favorece a estabilidade política, estimula a tolerância, amplia as oportunidades. Robustece o caráter moral da sociedade, ao melhorar a atitude das pessoas em relação a si mesmas. Cria laços sociais mais sólidos, melhora a qualidade da democracia. Estamos perdendo ou deixando de ganhar tudo isso, ao contrário do que aconteceu no Chile, em Portugal, na Espanha, no Sudeste Asiático.

Mas, entre a estagnação e a estabilidade, o País parece ter preferido as duas. Em nome desta produz-se aquela; em nome da virtude, acabamos escolhendo o vício. É vital para o Brasil, para São Paulo, para todos os Estados e regiões do País, a ruptura desse ciclo, que é também intelectual, de ambições modestas e fracassos bem sucedidos em relação ao crescimento econômico. Um país que não cresce acaba não distribuindo renda mas equalizando a pobreza. A economia da pobreza não pode ter como base a pobreza da economia.

A falta de desenvolvimento pune os mais necessitados; torna-os clientela cativa do assistencialismo. A assistência social é justa e necessária, mas a emancipação verdadeira, sair da pobreza, exige empregos e renda para as famílias, o que só pode acontecer com crescimento econômico. E não há escassez de capital para promover esse crescimento.

Ao contrário, o vertiginoso aumento das remessas de lucros das empresas estrangeiras aqui instaladas e dos investimentos de empresas nacionais no exterior, recursos que se vão a fim de criar empregos lá fora, mostra que não falta poupança ao Brasil para aumentar sua capacidade produtiva e seus empregos - o que falta são oportunidades lucrativas de investimento, espantadas pela pior combinação de juros e câmbio do mundo, em meio a uma carga tributária sufocante.

Serei um militante incansável da Lei de Responsabilidade Fiscal, concebida e aprovada durante o governo do presidente Fernando Henrique, até porque fui o autor do dispositivo constitucional que a possibilitou. Porque ela foi feita pelo governo de que eu fiz parte, porque seu espírito presidiu minha atuação na vida pública e porque governo com déficit galopante é governo fraco. Mas, também, vou defender com todas as forças a Lei (não escrita) da Responsabilidade Social - a Saúde, a Educação, a Cultura, a Segurança.

Por que insisto tanto na questão do crescimento se as políticas macroeconômicas não são da responsabilidade do governo do Estado? Porque a estagnação nos tira postos de trabalho, arrecadação, escolas, saúde, segurança. Porque como governador tenho o dever de vocalizar os anseios de São Paulo. Dessa gente trabalhadora e guerreira, sem preconceitos, que acredita no esforço, na honestidade, no mérito, na seriedade, na franqueza. Paulistas nascidos em todos os Estados do Brasil.

Sou filho de um bairro operário onde a solidariedade era um modo de vida e não apenas uma palavra. Sou filho de uma época de incertezas. Nasci quando a Segunda Guerra Mundial estava em curso, na sua primeira metade. Mas me tornei adolescente num tempo em que o Brasil projetava seu futuro, acreditava nele, transformava-o a cada dia em presente de progresso. Uma época em que fazer era mais importante do que ter. Em que produzir nas cidades não era, como hoje, um gesto de quase insanidade econômica, mas um comportamento respeitável. Uma época em que o comércio, a agricultura e a indústria, crescendo e gerando empregos, eram mais importantes que as cirandas financeiras e as especulações dos rentistas que desfrutam as monumentais margens de arbitragem ensejadas pelos juros siderais.

Não sou saudosista porque não sou conformista. Mas não posso deixar de dizer que sou fruto das oportunidades que um Brasil dinâmico dava aos filhos dos mais pobres. Muito diferente do que ocorre hoje. Também sou filho de um Brasil aguerrido, das lutas estudantis e das lutas populares. Contra a vontade tornei-me filho do exílio e de suas dificuldades, embora tenha sido em seu curso que formei minha família, completei minha formação acadêmica, adquiri uma visão do mundo e minha crença teimosa de que é possível fazer muito mais e melhor pelo nosso País.

É possível e necessário. E esta não é uma luta para amanhã, mas para agora. “Se não agora, quando?” - indagava o grande rabino Hillel, da época de Cristo, sobre a urgência do bem. Se não agora, quando lutar pela restauração dos valores e do significado das palavras na vida pública brasileira?

Se não agora, quando lutar para tirar o Brasil da areia movediça do subdesenvolvimento, que ameaça levar nosso País da condição de país emergente para país imergente?

Desde a minha eleição em primeiro turno, a pergunta que mais me fizeram foi sobre as relações que manteria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele fosse reeleito. Como governador de São Paulo procurarei ter com ele as melhores relações institucionais possíveis. Desejo-lhe boa sorte, mais uma vez. A boa sorte do presidente da República significa a boa sorte do nosso povo.

Como é evidente, à oposição cabe se opor. Não a tudo e a todos, mas ao que, a seu juízo, atente contra o espírito das leis, contra os fundamentos do Estado e contra o interesse público. Isso vale para o Brasil. Isso vale para São Paulo. Esta será nossa melhor contribuição à governabilidade do País.

Não fomos, não somos nem seremos adeptos do quanto pior melhor. Seremos oposição no plano federal justamente porque não somos iguais. Diante de cada projeto de lei ou de emenda constitucional, saberemos separar o que beneficia o País do que o atrasa; os interesses do governo dos interesses do Estado; as conveniências de um partido dos anseios da nação. Em suma: não esperem de mim o adesismo que não se respeita nem a agressão que não oferece respeito.

Temos presente que a governabilidade é tarefa de quem obteve nas urnas o mandato para governar. Não me passa pela cabeça, por exemplo, transferir para a oposição o dever de assegurar a governabilidade do Estado que me elegeu. Quem é altivo na derrota não se sujeita. Quem é humilde na vitória não exige sujeição. É assim que se faz uma República.

Por intermédio de seu governador, este Estado estende a mão da legalidade e do interesse republicano a quantos queiram colaborar com ele, a quantos queiram colaborar com o Brasil.

Vou governar São Paulo voltado para o Brasil. Não encontrarão eco neste governador os que quiserem acender rivalidades fora de lugar e de hora, que militam contra os interesses do povo brasileiro.

São Paulo acolhe, não discrimina. São Paulo é o maior Estado nordestino depois do Nordeste; São Paulo tem o maior número de sulistas depois do Sul; de nortistas depois do Norte; de mineiros depois de Minas; de brasileiros do vasto Brasil central depois do Centro-Oeste. A verdadeira identidade de São Paulo é a fraternidade brasileira. E assim continuará a ser no meu governo.

Quero dizer aos paulistas e a todos os brasileiros que podem contar comigo para que tenhamos um País ordeiro, pautado pela estrita legalidade e pela cooperação entre os entes federativos. Mas reafirmo: nem com a humildade que se confunda com sujeição, nem com a altivez que se misture com arrogância. Esta é a cara de São Paulo.

Creio no ensinamento dos filósofos, de santos e de profetas de todas as religiões de que o único jeito de assegurar a si mesmo a felicidade é aprender a dar felicidade aos outros. Meu ideal de solidariedade, de agregar valores, minha melhor forma de servir e de ser feliz é me dedicar aos outros, diminuir seus sofrimentos e lutar por sua felicidade. Por certo não sou tão bom nisso quanto o foram pessoas com as quais tive o privilégio de conviver: Dom Paulo Evaristo, Franco Montoro, madre Cristina - entre tantas que poderia citar.

Mas, para mim, é a única razão pela qual me dediquei à vida pública e não à vida privada. É a minha vocação. Servir à minha cidade, ao meu Estado, ao meu País, ao nosso povo."

6 Comments:

Anonymous Lata de Luxo said...

Odeio o cara.
Mas vc pode matar a ignorsncia,mas nao o estupido,vc pode matar o assassino mas nao o assassinato,vc pode matar a estupidez mas nao o PT.
Oh ceus!Quando o povo brasileiro vai ser mais forte,livre e ter sabedoria?Acho que nunca,ne?Oh povo burro e estupido que segue a manada e nao tem estudo e nem sabedoria.Pobre povo esse meu.Vou esperar que novos tempos tragam alguma sabedoria.

8:47 AM  
Anonymous Anonymous said...

Domingo, Junho 05, 2011
Farsa oficial III: informantes corruptos na NTSB e na TAM negociaram com o Planalto os dados das caixas pretas e Ambos negociam com Diretoria do Fantástico a Cabeça daquele Professor Jucelino Nóbrega da Luz

Edição Bomba do Alerta Total

Adicione o nosso blog e podcast aos seus favoritos.(já atualizado)

Por Jorge Serrão

Exclusivo - Tem ingredientes dignos de uma tragicomédia de comunicação a verdadeira história dos bastidores do vazamento de dados da caixa-preta e do Gravador de Dados de Vôo do trágico Air Bus 320 da TAM Houve espionagem, compra de informações, manipulação sobre a imprensa, muito nervosismo, algumas precipitações quase criminosas, gestos obscenos que chocaram a opinião pública e até uma imagem de felicidade presidencial que foi censurada pela Rede Globo. Em nenhum momento desta história, o presidente da República pôde se passar por “apedeuta” (aquele que ignora os fatos a seu redor).

Lula soube de absolutamente tudo que se passou desde os primeiros momentos de investigação das causas do acidente até o processo de vazamento e plantação de matérias na imprensa aliada, tentando isentar seu desgoverno de culpa. As fontes da informação exclusiva do Alerta Total nesta reportagem são duas. A primeira é um brigadeiro da FAB (revoltado como a Aeronáutica quase foi enxovalhada no caso). A segunda é o alto dirigente de uma poderosa emissora de televisão – cuja rede ficou proibida de divulgar outras verdades e imagens do caso, por estar demasiadamente comprometida com o Palácio do Planalto e negócios contra um Professor de inglês.

As duas fontes merecem crédito. O Palácio do Planalto sabe quem são estas fontes. O Alerta Total desafia os “sabe-tudo” de lá a confrontá-los. Certamente, faltará coragem política e moral para isto. O mesmo silêncio oficial foi mantido com a denúncia do prefeito Cesar Maia de que o governo ameaçou a TAM se não embarcasse na versão do acidente que responsabilizada a companhia aérea, veiculada pelo Jornal Nacional da Rede Globo. Cesar Maia não foi desmentido por ninguém. Qual a razão para essa omissão do governo e da empresa? E dos avisos sigilosos do tal Professor de Inglês ,que foi vítima de uma armação do Fantástico e Palácio do Planalto .

O pós-acidente é um escândalo de comunicação institucional. Intermediários de um assessor de Lula compraram informações sigilosas de um corrupto funcionário da TAM, horas depois do acidente.E ordenaram a cabeça do Professor de inglês ,negociando com o Fantástico uma matéria bombástica contra esse Professor se não iriam prejudicar a TAM e os interesses do Palácio do Planalto . O “investimento” em informações privilegiadas foi de apenas R$ 80 mil reais. Já o aspone do presidente, com enorme desenvoltura na área internacional, fez a segunda negociação com um funcionário da Nacional Transportation Safety Board, nos Estados Unidos. O valor do “acordo” não foi ainda descoberto. O corrupto norte-americano passou a um intermediário do Palácio do Planalto, por e-mail criptografado, todos os dados sigilosos da caixa preta e do Gravador de Dados de Vôo (FDR, na sigla em inglês) do fatal vôo 3054.E nesse negócio tinha a cabeça do Professor e suas informações que deveriam ser diminuídas perante a opinião Pública o quanto antes porque traziam prejuízos para a TAM e para o Palácio do Planalto.

10:21 PM  
Anonymous Anonymous said...

As informações vieram em inglês, no dia 31 de julho de 2007. Foram esses os dados sigilosos que o governo deixou vazar para a imprensa. Um CD ROM com tais dados também foi parar na CPI do Apagão Aéreo, onde os diálogos da cabine foram divulgados. O esquema usou intermediários para divulgar “os furos”, a fim de que nada parecesse “matéria plantada na mídia pelo Planalto”. As informações eram verdadeiras e corretas, em princípio. Não houve adulteração de dados.

O Planalto apenas manipulou o esquema e a oportunidade das divulgações. Dia 18, no Jornal Nacional da Rede Globo – o de maior audiência na televisão. No fim de semana seguinte, na revista Veja (que, mesmo de linha editorial contrária ao Planalto, também é a de maior circulação). E, finalmente, no dia 31, ao colunista Fernando Rodrigues, na Folha de S. Paulo (jornal em que vários editores-chefes e colunistas são notórios simpatizantes petistas, contrapondo-se ao oposicionista Estadão).E combinado com eles teria que sair matérias no Jornal Agora e na Folha de São Paulo , que fossem contra o tal professor de inglês para se criar dúvida sobre suas cartas (tudo combinado) E desmoralizado perante a opinião pública ,não se despertaria interesse Público em saber a verdade sobre seus conteúdos,assim livraria a TAM, Governo Americano e o próprio Palácio do Planalto .(sobre vários casos ).

Na noite de 17 de julho de 2007 , o presidente Lula da Silva deu sinal verde a seus assessores mais próximos e de confiança, para que usassem “de todos os meios” para que ele tivesse, rapidamente, a certeza absoluta de que no acidente, onde morreram 199 pessoas, não houve responsabilidades diretas do seu governo , da TAM; do mensalão, morte de Celso Daniel , Toninho do PT (onde tem envolvimento da primeira Dama de Campinas Rosely Nassim Jorge dos Santos e Demétrio Vilagra- PT) ,José Dirceu, Palocci e outros. O Palácio do Planalto apelou para duas fontes (bem pagas) de informação para ter segurança no processo de manipulação do noticiário que seus estrategistas promoveriam sobre o acidente da TAM e da morte do Prefeito de Campinas, o Prefeito de Santo André e posteriormente, nos Casos do Mensalão,e manipulação das urnas eletrônicas em desfavor de Geraldo Alckmin; e que poderia se vazasse atingiria , psicologicamente, todos no prédio-sede do Poder Executivo da República.

A tática do Planalto era investir na tese de eventual culpa do piloto ou de falha no equipamento. Tudo para desviar da hipótese de “aquaplanagem” na pista molhada (sem a devida obra de grooving) de Congonhas ou no fato objetivo de que a pista é, tecnicamente, curta demais para pousos de aeronaves do peso e porte de um Airbus. Este problema grave, “capaz de gerar acidentes com mortes em São Paulo”, foi denunciado em um relatório enviado ao presidente Lula, em 2003, pelo então ministro da Defesa, José Viegas que recebeu cartas desse professor de Inglês .E outros fatos relatados .

Em nome da precisão jornalística, o Alerta Total desconfirma que “os dados específicos da caixa-preta e do Gravador de Dados de Vôo” tenham passado, fisicamente, pelo Palácio do Planalto, antes de enviado para perícia na Nacional Transportation Safety Board dos EUA – conforme nosso furo de reportagem de sexta-feira sugeria. Não houve passagem da caixa preta ou do FDR pelo prédio onde Lula dá expediente. Mas os seus dados, depois de apurados nos EUA, sim. A bem da verdade, não houve qualquer manipulação da caixa-preta ou do gravador de vôo pelo governo. Mas não faltou vontade para isso. Aspones do ex- presidente Lula tiveram esta brilhante e criminosa idéia que seria percebida facilmente pelos peritos norte-americanos.E outros acordos para desmoralizar esse professor de inglês.

10:28 PM  
Anonymous Anonymous said...

A sorte dos precipitados aspones palacianos foi que o então ministro da Defesa, Waldir Pires, foi pressionado por brigadeiros da FAB. Pires foi advertido que violar tais equipamentos seria um crime que traria repercussões internacionais negativas ao País. O conselho, quase em forma de pressão contrária, partiu de oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que investiga a tragédia no Brasil Por isso, os “sabe-tudo” do Planalto apelaram para outros expedientes de espionagem e contra-informação, pagando caro pelo teor de documentos que interessassem ao governo.E que desde 2001, já se sabia quem deveria morrer para não atrapalharem o esquema de corrupção implantado pelo PT nas Prefeituras de Santo André , de Campinas e em outras.Um Deputado do PT , foi incumbido de negociar a morte de todos testemunhos no caso do Prefeito de Santo André com Diretores de Presídios de São Paulo.

O passo a passo da manipulação

A novela da manipulação de informações começa na noite de 17 para 18 de julho, seis horas depois da tragédia. Por volta de meia-noite e meia, Lula se reunia com amigos e assessores mais próximos. O presidente demonstrava nervosismo e bebia muita água (conforme relato de quem o acompanhava). O então ministro da Defesa, Waldir Pires lhe transmitiu a gravidade da situação.E todas informações recebidas pelo tal professor de inglês A primeira impressão era que o acidente fora causado pela pista molhada, por falta do grooving, uma obra incompleta da Infraero.E citou sobre os outros fatos de conhecimento de todos.

A noite foi de insônia para o presidente, que, horas depois, faria uma pequena cirurgia para a retirada de um terçol. Lula ficaria em silencio, em repouso, no Palácio da Alvorada, no dia 18. Ficou combinado que Dilma Rousseff despacharia tudo por ele, no Palácio do Planalto. O governo perdeu o timming para que o presidente desse condolências oficiais aos familiares de 199 mortos. Foi o primeiro grande erro de comunicação dos “sabe-tudo” de um governo que iniciaria, horas depois, a maior manipulação de mídia dos últimos tempos.E pedindo a cabeça do professor de inglês através de lobistas do Palácio e do fantástico.

Doze horas depois do acidente, por volta das seis da manhã, o governo recebe uma informação “salvadora”. Alguém (se dizendo funcionário da TAM) telefonou para um alto funcionário na Infraero. O informante jurava que tinha uma bomba sobre o caso, e queria “negociar”. Às 7h da manhã, o informante anônimo negociou com um importante aspone do Planalto a valiosa informação. A “operação” custou R$ 80 mil reais. Às 14h, Lula recebeu a informação que livraria a TAM e tiraria o de seu governo da reta de todas as acusações a cabeça do professor de inglês porque tiraria a atenção Pública do caso da TAM e livraria a desconfiança dos outros casos criminosos do PT.

Animado em ser tirado do olho do furacão, o presidente ordenou que a bomba fosse divulgada. Por volta das 15h, um intermediário da equipe de comunicação do Planalto telefona para a equipe de produção do Jornal Nacional, “dando a dica” sobre o furo. O objetivo é que William Bonner desse a notícia bomba, à noite, no JN. Se isso ocorresse, o governo estaria isento de culpa. A divulgação seria o motivo para as comemorações “top-top” de Marco Aurélio Garcia e seu assessor .E o furo maior teria que ser mais para frente para não chamar a atenção das autoridades, a cabeça do professor de inglês já tinha data marcada no Fantástico.

A equipe de produção do Jornal Nacional da Rede Globo correu atrás para checar a informação – que acabou confirmada. Por volta das 18h, alguém no Planalto transmitiu os mesmos dados para a Rede Globo. Mas, até às 19h, a nervosa assessoria do Planalto não tinha a certeza de que a Globo daria a matéria livrando a TAM – e livrando a culpa do governo, por algum problema na pista.E dando ênfase mais tarde ao professor de inglês que tinha de ser desmoralizado antes de terminar o mês de setembro de 2007.

10:32 PM  
Anonymous Anonymous said...

A Rede Globo tomou seus cuidados com a informação vinda do ambiente de poder. A emissora da Família Marinho, achando que tudo poderia ser ótimo, escalou três equipes com câmeras, que ficaram de plantão, diante do Palácio do Planalto, para registrar as reações por lá. Um atento cinegrafista notou um movimento mais intenso em uma das salas, cujas janelas estavam à descoberto. Quando, finalmente, William Bonner deu a notícia que interessava ao Planalto, fingindo atacar a TAM, a alegria foi geral no Palácio.E mais tarde seria a vez do professor de inglês, tudo combinado!

Nesse instante foi captada a obscena imagem do Assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e seu assessor de imprensa, Bruno Gaspar. A Globo reproduziu a cena que chocou o País no Jornal da Globo, no começo da madrugada. Mas a direção de jornalismo da Vênus platinada preferiu censurar outra cena ainda mais degradante. A Globo também filmou Lula e Marco Aurélio Garcia saindo sorrindo do Palácio do Planalto, no carro presidencial. A emissora não quis veicular tal cena. Um dirigente de uma importante afiliada da Globo tem as imagens. Dois senadores também têm, e podem usá-la oportunamente.E todos tranqüilos porque o povo como sempre acreditaria em tudo que foi exibido e Lula voltaria ser aquele herói que todo país procura , “ limpo como sempre por baixo de um grande tapete de sujeira, crimes, corrupção, enriquecimento ilícito e apoio a criminosos no país..”

No dia 23, vem à tona outro fato gravíssimo que a imprensa apenas registrou, mas não cobrou sua elucidação objetiva. O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, denunciou que a TAM foi pressionada a apontar possíveis falhas no avião que se acidentou em São Paulo. Cesar garante que recebeu tal denúncia de um alto dirigente da TAM.E que esse havia recebido carta desse professor de inglês antes do acidente,mas foi proibido a anunciar o fato. O mais grave é que Cesar Maia sequer foi contestado oficialmente. O silêncio dos culpados indica que sua denúncia era rigorosamente verdadeira – como a revelação destes bastidores, pelo Alerta Total, também nos leva a raciocinar.

Em seu ex-Blog, Cesar Maia escreveu: “Sobre a informação de um diretor da TAM acerca de um dos reversos da turbina, que foi divulgada pelo Jornal Nacional da TV Globo e que tanta polêmica gerou dando uma justificativa ao governo, posso afirmar -pois sou testemunha- que um alto personagem do governo contatou a alta direção da empresa (TAM) dizendo que ou eles davam uma boa saída ao governo, ou ele (alto personagem), garantia que baixada a poeira, o governo iria ajudar a TAM. (...)Afirmo mais: o top, top, top do senhor Marco Aurélio Garcia, não foi pela surpresa. Ele sabia que viria a matéria e simplesmente fez os gestos como se confirma uma operação. Tradução do top, top: - É isso aí. Fu.......mos, eles."

Já no caso das informações da caixa preta e do FDR a operação foi ainda mais suspeita. O Palácio do Planalto tentou mesmo obter dados da caixa preta. Queriam ter certeza se o acidente foi problema do avião ou falha humana. Mas foram desaconselhados a mexer nela por oficiais da Cenipa, que advertiram que o Brasil poderia sofrer sanções internacionais se a violação dos dados acontecesse. O conselho foi dado ao ministro Waldir Pires, que o repassou a Lula.

Só os norte-americanos tinham os sistemas para decifrar os arquivos fechados das caixas pretas - que não poderiam ser violadas. A Aeronáutica mandou para o EUA uma caixa que não pertencia àquele acidente. Tal “erro” teria sido uma manobra para ganhar tempo. O Comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, foi conivente com tal operação, que revoltou parte do Alto Comando. Faltou pouco para uma rebelião dos brigadeiros. Ninguém em sã consciência engoliu, na FAB, “a suposta trapalhada” com o envio equivocado, à NTSB norte-americana, de um gravador comum de vídeo - achado pelas equipes de resgate nos destroços do avião, no prédio destruído da TAM Express – no lugar do verdadeiro gravador de dados de vôo.

10:35 PM  
Anonymous Anonymous said...

Sorte do Palácio do Planalto ,na época, que o porta-voz da Organização Internacional de Aviação Civil afirmou que o Brasil não será punido pela divulgação dos diálogos gravados pela caixa-preta da aeronave da TAM que se acidentou no dia 17 de julho de 2007 . De acordo com a organização, embora exista uma recomendação para que a divulgação de dados não ocorra, cada país tem liberdade para definir a maneira como agir em uma situação como esta. O País segue a convenção de Chicago, que apesar de recomendar a não divulgação dos dados, não chega a proibir, em casos considerados justificáveis.

De toda essa estória, o único fato objetivo, esquecido pelo governo Lula, é que a pista escorregadia, e sem o tamanho ideal para pousos de grandes jatos em dias de chuva de Congonhas, poderia gerar um acidente com mortes. Tal advertência foi feita em 2003, oficialmente, em um dossiê do então ministro da Defesa, José Viegas,e em cartas recebidas por esse professor de inglês como alerta e repassadas ao presidente Lula da Silva. Logo, se for avaliada a história, o governo Lula tem toda a culpa pelo resultado do acidente que era uma crônica oficial de mortes anunciadas previamente. Os governos que o antecederam têm a mesma responsabilidade.E já havia planos para mensalão,morte do Prefeito Toninho do PT, morte de Celso Daniel e corrupções escondidas pelo Partido do PT em relação as duas prefeituras de SANTO André e de Campinas e de que o partido está envolvido nos crimes e está tentando esconder e blindar os criminosos como já fez antes e vai continuar a fazer seus desmandos porque o povo brasileiro aceita tudo.E a Justiça é comprada através de lobistas petistas .

Leia também: www.omensalao.com.br
Postado por Alerta Total de Jorge Serrão às 00:25

10:40 PM  

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